Fisioterapia Uroginecológica


A incontinência urinaria (IU) é um problema mundialmente frequente na população feminina, aproximando-se de 10% da população geral e superior a 30% nas mulheres acima de 60 anos. Apesar desta alta incidência, estima-se que apenas uma em cada 12 mulheres procura assistência médica devida, e metade das que chegam ao médico não obtêm qualquer melhora sintomas apresentados.

As formas de tratamento não cirúrgico da IU tem sido estudadas há muito tempo, porém, ultimamente a sua importância tem crescido entre aqueles envolvidos no tratamento da IU. Todas as formas de terapia conservadora são mais seguras, menos invasivas e menos custosas que as opções cirúrgicas. Mas, podem ser utilizadas isoladamente, ou combinadas à cirurgia. Desta forma, o tratamento fisioterapêutico tem se tornado um importante fator contribuinte para a melhora ou cura da perda urinária.

Dentre os recursos usados pela fisioterapia estão:

Cinesioterapia: terapia de suporte em homens e mulheres incontinentes que seguem um regime intensivo de exercícios para reeducação do assoalho pélvico (exercícios de contrações rápidas e sustentadas e exercícios domiciliares), é a primeira opção no tratamento da incontinência urinária, após a prostatectomia radical, o parto, e hiperatividade detrusora, fortalecendo o músculo elevador do ânus. A meta do tratamento nesses pacientes é obter continência esfincteriana.

Os exercícios para os músculos do assoalho pélvico também reduzem a perda urinária em homens durante as quatro primeiras semanas após a prostatectomia transuretral.

Eletroestimulação: utilizado para propiciar a contração passiva da musculatura perineal. Ela é útil nos casos de incontinência de urgência, pois inibe a atividade do músculo detrusor, mas também nos casos de Incontinência Urinária de Esforço.

Biofeedback: A motivação do paciente para a realização dos exercícios pode ser aumentada quando utilizado um aparelho de biofeedback, que fornece a intensidade da contração e sinais auditivos ou visuais quando a musculatura está sendo contraída de forma correta. O biofeedback pode ser associado aos exercícios de Kegel ou cinesioterápicos.

Terapia Comportamental: A terapia comportamental inclui um grupo de tratamentos baseados na ideia de que o paciente incontinente pode ser educado a cerca da sua condição e desenvolver estratégias para minimizar ou eliminar a incontinência. São utilizados principalmente o diário miccional programado, micção retardada, exercícios do assoalho pélvico para inibição da urgência e reforço muscular. Nos casos em que a cirurgia se torna inevitável, a fisioterapia contribui no pré e pós-operatório intensificando os resultados cirúrgicos obtidos, favorecendo a restauração do mecanismo da continência, e assim, melhorando a qualidade de vida.

Objetivo da Fisioterapia:
Reduzir a hiperatividade vesical;
Melhorar a atividade esfincteriana;
Reduzir a freqüência miccional;
Facilitar o esvaziamento vesical;
Melhorar a condição muscular, principalmente os músculos do assoalho pélvico (períneo);
Buscar independência funcional, maior sociabilização e conseqüentemente melhora na qualidade de vida;


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